Ele está no topo de cadeia corporativa, acima dos mamíferos de grande porte como mamutes e tigres dente de sabre e até dos dinossauros. Todos os colaboradores tem medo dele, as reuniões com gestores são eternos monólogos, onde o executivo fala muito e os gestores anotam, pois é a única coisa sensata a fazer perto deste ser intocável que não gosta de opiniões. Ouvi-lo pacientemente e atender todas ordens da majestade é a única opção.
Para este executivo não existe integração de grupos no projeto, ele desenha a estratégia e todos executam, sem comentários ou palpites. Funcionário não palpita, funcionário faz!
Infelizmente nosso mercado ainda está cheio de executivos a La Tiranossauro Rex, mandões, mal educados e totalmente avessos a tecnologia, inovação e novas idéias. Talento para ele é quem faz rápido, certo e cobra pouco por isso.
Curioso mesmo é o ambiente onde lidera o rei da era jurássica, colaboradores desinteressados, pessoas estressadas, produtividade baixa, poucos talentos e os poucos gestores competentes e pacientes que ainda conseguem conviver com nosso amigo dinossauro, temem que suas cabeças sejam arrancada a qualquer momento.
Mas há um tipo de “espécie” a quem nosso amigo Dino se curva, espécie necessária para que seu negócio perdure e tenha lucro. O cliente é o único público relacionado com a empresa que realmente interessa a esse tipo de executivo. O que o profissional jurássico não entende é, porque o concorrente que possui o mesmo produto e estrutura semelhante a dele, cresce claramente e a empresa dele está estagnada e fadada à falência.
A resposta para estas e outras perguntas semelhantes de executivos com perfil próximo ao jurássico é a seguinte: A empresa é o reflexo daqueles que a dirigem.
Cada ação da diretoria resulta em uma reação dos colaboradores, quando um diretor afirma uma postura austera e prepotente em relação ao colaborador, ele vai reagir naquele que estiver mais próximo e como uma reação em cadeia, a atitude da diretoria pode reagir diretamente na menina dos olhos do executivo, o cliente.
O ambiente de uma empresa é um local extramente contagioso, onde podem se proliferar maus hábitos como práticas de produtividade e gentileza. Para aqueles que ainda acreditam que presidentes estão acima de todos os julgamentos e advertências por mau comportamento, estejam cientes que se estas atitudes rudes sofrerem uma reação poderá ser o fim do negócio, pois àquele que se encontra frente ao cliente vai exteriorizar toda sua raiva e frustração e tratar da melhor forma para que o cliente, além de não voltar mais à sua empresa, ainda cerque sua rede de relacionamentos de informações negativas sobre a marca.
A realidade é que hoje não há mais espaço para líderes de épocas de eras que já foram extintas, que economizam gentileza e educação. Todos dentro de uma empresa são importantes igualmente para o sucesso do trabalho e os diretores nunca devem se esquecer que o maior ativo das empresas é o capital humano.